Uma amostra dos efeitos nefários da NoCu sobre a inteligência² é o trabalho de gramáticos como o Prof DilsonCatarino – um trabalho árduo, paciente e não recebedor do correto grau de respeito q lhe caberia, fosse este um mundo justo. (Não é a primeira vez q o DiCa é mencionado aqui. A primeira menção foi num comentário de leitor a este artigo.)
Esse professor escreve pro UOL esclarecendo 'dúvidas' de gramática portuguesa, e tbm tem um site próprio bem estruturado em q dirime direitinho e iluminantemente várias inquietações ortográficas, distúrbios regenciais, aflições concordânticas e moléstias prepositórias.
Às vezes ele até extrapola.
Tal como numa de suas "pegadinhas gramaticais": criticando a frase "antes que tudo exploda", labirintou-se por "verbos defectivos" e "formas rizotônicas" até concluir q o "correto" é dizer... (difícil não rir) ... "antes que tudo estoure" HAHAHAHAHAHAHAHAHAHA... O DiCa, tal como deixou transparecer na resposta q deu a meu leitor, parece não ter muito apreço por senso de humor.
Outra "pegadinha" critica a frase "É preciso tornar mais rigorosas as normas e os critérios". Após uma explicação desfilando uma série de se-isto-então-aquilos, falando de "elemento acessório" e outros badulaques, ele "corrige" a frase pra "É preciso tornar mais rigorosos as normas e os critérios", q soa exatamente como eu: feio, chato e pobre.
Pra responder muitas 'dúvidas' de leitores, basta fazer o q eles não fazem: olhar num dicionário. Mas algumas são questões gramaticais de leitores desorgulhados e desenganados pela NoCu pedindo a alguém q lhes ensine a falar a própria língua. Por exemplo, respondendo a uma 'dúvida' de leitor, o DiCa diz q o "correto" não é dizer "Este sanduíche está delicioso. Você está servido?", mas "Este sanduíche está delicioso. Quer experimentá-lo?" HAHAHAHAHAHAHAHAHA
Pro Dr Plausível, é evidente o q acontece na cachola do DiCa: ele deixa as regras pensarem por ele; ou seja, ao meditar sobre a língua, ele não PENSA. Vejam este exemplo:
Uma leitora pergunta qual é a frase correta:
Por favor, ao passar, manter a porta fechada. ou
Por favor, ao passar, mantenha a porta fechada.
Após vários exemplos de imperativo e infinitivo, ele conclue q "as duas frases apresentadas estão adequadas ao padrão culto da língua".
¡Só se for língua de autista, meu caro! Pois tem q usar um olho muito obtuso pra não ver q, se vc mantiver a porta fechada ao passar, não há como passar. Em vez de analisar o q frase DIZ, o NoCulto se perde nas mirabolâncias q toda regra vai acumulando q nem ferrugem. Alguma porta certamente se fechou, pois nem sequer passou pela cabeça do culto gramático corrigir a frase pro claro, simples, direto e inatacável
Depois de passar, por favor feche a porta.
Não. Gente culta tem q parecer culta. E cultura é uma espécie de complexidade, não é? Então pra quê simplificar se vc pode complicar e parecer culto, ¿não é verdade? (Já deve ter alguém reclamando de meu "pra quê"...)
O DiCa não é um caso único q o Dr Plausível resolveu de repente espezinhar maldosamente. Não. Ele é um exemplo. É um cara ajuizado, digno, com preocupações honestas e diligência exemplar. Só q totalmente despistado. A fazeção de cabeça pela NoCu resulta em milhões e milhões de brasileiros como ele desperdiçando tempo com a forma e deixando o conteúdo à mercê de males sinistros e insidiosos tal como a inexplicitez e a falta de distinções do português, o vírus da hipoplausibilose e a metonímia elíptica.
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Resta explicar o título deste artigo, q é o nome "correto" do DiCa, segundo a Norma Culta. Primeiro q 'Dilson' não existe. 'Dilson' é uma metanálise, ou falsa segmentação com aférese, de 'Adilson'. Já 'Catarino', está obviamente errado, pois português não é russo – língua em q o sobrenome varia em gênero de acordo com o sexo de seu dono: ¿vai me dizer agora q o 'Dilson' tem uma irmã chamada 'Délia Catarina'? Não. 'Catarino' é uma corruptela do nome da nobre e já esquecida profissão de caçador de rinocerontes, ou 'caça-rinos'. Por aglutinação e nordestização, o nome virou 'catarrinos', e hoje, após um processo de preguiçação, grafa-se 'catarrino', forma reconhecida como correta pelo padrão culto da língua. É isso.
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14 agosto 2006
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