Não faz muito tempo, este blogue disse q os vários problema do português “
condenam o brasilês à ficar preso à lugares comum, à repetir idéias comum, à sempre voltar ao eixo caseiro e banal das percepção, à jamais prover a base pra pensamentos revolucionário, à sempre consumir idéias importada de línguas q facilitam a criação de instruções q tarão cada vez mais distante do meramente intuitivo.”
Neste texto, veremos q a fonética do português é um desses problema.
Não sei se muitos NoCuísta sabem, mas a língua portuguesa surgiu num lugar q, por sua localização no continente zoropeu, foi durante milênios a última borda do mundo antes de cair no poço do nada. Era o lugar aonde ia o Zoropeu civilizado qdo queria ver pastor amoroso filosofar sobre a imensidão do mar —ou seja, nunca. Se houvesse usinas nuclear em 1450, era em Portugal q a Zoropa enterraria seu lixo atômico. É difícil ignorar q a língua falada por aquela gente boa empurrada contra o mar até 1492 é na verdade uma degeneração do espanhol. Se o espanhol já não é lá essas coisa, imagine uma degeneração dele.
A degeneração é fácil de comprovar. Só como curiosidade, qdo na Zoropa se fala ‘colore’, ‘couleur’, ‘colour’, ‘kolore’ &c, o português fala ‘cor’, mas ‘colorido’; qdo na Zoropa se fala ‘pater’, ‘vader’, ‘father’, ‘padre’, ‘Vater’, &c, o português fala ‘pai’, mas ‘paterno’; qdo na Zoropa se fala ‘général’, ‘general’, ‘ghinearálta’, ‘generale’, ‘generell’ &c, o português fala ‘geral’, mas ‘generalizar’.
Outros exemplo:
Zoropa: douleur, dolore, durere, dolor; Portugal: ‘dor’, mas ‘dolorido’
Zoropa: genera, generate, generare, générer, generar; Portugal: ‘gerar’, mas ‘degenerar’
Zoropa: pulbere, polvo, poudre, powder, polvere; Portugal: ‘pó’, mas ‘polvilho’
Claro q isso é picuinha sem maiores conseqüência –até pq não há muitos exemplo. A degeneração à partir do espanhol se verifica mais claramente na fonética. O português manteve todos problema semântico do espanhol e adicionou outros tanto, mas o golpe fatal foi ter enrolado tudo numa pronúncia nhenhenhém q embota o pensamento. Já o brasilês –com sua mescla de influências do tupi-guarani, do italiano, das língua africana &c– vem tentando sair do impasse. Pela culatra, mas pô, vem tentando. Algumas rocoquice do espanhol (q já eram rocoquices no latim), se mantêm no português. Por exemplo, se alguém fosse intencionalmente atrapalhar o desenvolvimento duma nação, ¿conseguiria criar um sistema de números ordinal mais rococó do q este:
1° primeiro
23° vigésimo terceiro
456° quadringentésimo qüinquagésimo sexto
7890° septiesmilésimo octingentésimo nonagésimo
98765° nonagésimo octiesmilésimo septingentésimo sexagésimo quinto?
E então, caso o 7891° lugar na maratona feminina dê empate, vc deve concordar todas palavra:
• Dois segundos depois da septiesmilésima octingentésima nonagésima colocada, chegaram as duas septiesmilésimas octingentésimas nonagésimas primeiras colocadas.
HAHAHAHAHAHAHA
Concordar em número e gênero é um grande problema prum país q raramente tá entre os primeiro. :•p
Mas esse existe em toda língua latina. O português tem tbm uns problema um pouco mais sério, pq mais ligado à questões cognitiva.
Tanto a cognição qto a comunicação dependem diretamente de associações mental. Qdo vc ouve um substantivo, a definição dele é a associação q vc faz com algo na realidade, ou com uma abstração. O povo do Portugal de 500+ anos atrás devia ter uma relação muito insegura e indefinida com a realidade, pois sua língua começou à tomar por definido e particular muita coisa indefinida e geral. O artigo definido ficou sendo usado desnecessàriamente pra, digamos, *ajudar* à definir melhor de quê se tá falando. Esse paroxismo defininte äs vez embola até a gramática:
• A paixão do Pedro e do meu primo SÃO os carros.
q diz a mesmíssima coisa q:
• A paixão de Pedro e de meu primo É carros.
Isso é muito diferente de colocar o artigo antes dum substantivo definido:
• Importamos as idéias criadas no país vizinho.
A degeneração do espanhol ‘el’ e ‘la’ pro português ‘o’ e ‘a’ é uma das grande tragédia da interação entre semântica e fonética. Tá certo q os artigo português facilitam nas contração com certas preposição: do, nas, aos &c. Mas vejam vcs q, por exemplo, o artigo definido feminino singular ‘a’ é a mesma palavra q a preposição ‘a’ e q o pronome ‘a’. Aí ¿quê acontece? O cérebro começa à evitar frases q mesclem esses som. Vejam esta idéia expressável clara e perfeitamente em espanhol:
• La degeneración la condenó a la abundancia de As.
E vejam o q acontece qdo essa idéia é expressa em português “norma” “culta”:
• A degeneração condenou-a à abundância de As.
Descontraindo a crase, temos:
• A degeneração condenou-a a a abundância de As.
onde:
a = pronome
a = preposição
a = artigo.
Ou seja, certas idéia NUNCA são expressa em português *por causa* da confusão q sua fonética cria. ¿Não é uma tragédia? Talvez só nosso eutênico humanista e seus discípulo percebam a tragédia; mas não é ä toa q ele é o único doutor
honoris causa em plausibilática em toda a história do Universo.
Pra evitar o encontro de As, o cérebro (qdo já revitalizado pelo aporte do tupi-guarani &c) encontra automàticamente outras solução:
• Levou-a à água. (levou-a a a água)
vira:
• Levou ela na água.
ou
• Levou ela até a água.
O espanhol diz simplesmente:
• La llevó al agua.
(Em espanhol, ‘agua’ é feminino; mas, sendo uma língua um pouco mais esperta, põe-se o artigo masculino singular em palavras feminina começada em A acentuado:
• el agua tibia = a água morna
• el área condenada = a área condenada
mas:
• las aguas
• las áreas
Na frase acima, ‘al’ é contração de ‘a’ e ‘el’.)
Outro grande fracasso relacionado ao artigo definido, não diretamente ä fonética, é a ridícula e rebusnante redundância de colocá-lo antes de possessivos.
• o meu jumento = mi burro
• a sua inteligência = su inteligencia
• os meus relinchos = mis relinchos
• as suas idiotices = sus idioteces
Isso é redundante pq o artigo aí não tá definindo absolutamente nada: o possessivo JÁ TÁ definindo de qual jumento e inteligência e quais relincho e idiotice tamos falando. Bastaria dizer:
• meu jumento
• sua inteligência
• meus relinchos
• suas idiotices
A redundância vem daquela insegurança no definir, mas tbm provàvelmente da tronhice em confundir *pronome* possessivo com *adjetivo* possessivo –confusão q muitos gramático ainda fazem.
adjetivos:
• Meu guincho é mais belo q teu guincho.
• Mi chillido es más bello que tu chillido.
pronomes:
• O meu é mais belo q o teu.
• El mío es más bello que el tuyo.
adj e pron:
• Meu guincho é mais belo q o teu.
• Mi chillido es más bello que el tuyo.
Muitos gramático despistado dizem q o primeiro é um pronome e o segundo é um substantivo. Mas prestenção: PROnome é o q *substitue* um nome; na frase acima, ‘meu’ não tá substituindo nada e ‘teu’ tá. Então.
(Qdo se critica a NoCu, sempre vem gente falando de Machado pra cá, de Assis pra lá. Mas basta uma pesquisinha em seus livro e já se vê q nem ele enxerga a redundância de ‘o meu”. Em
Dom Casmurro, por exemplo, ele usa ‘o meu’ e ‘meu’ indiscriminadamente numa proporção de 3 pra 1; e a maior parte das vez em q diz apenas ‘meu’ é qdo se refere ao pai: “meu pai” —justamente um conjunto de apenas um ítem; vá entender.)
Outro fracasso relacionado aos possessivo é, vcs sabem, confundir os orneio q VOCÊ dá com os q ELE dá:
• Você é um asno e seus orneios
me entristecem. =
Eres un asno y tus
rebuznos me entristecen.
• Ele é um asno e seus orneios
me divertem. =
[Él] es un asno y sus
rebuznos me divierten.
Leitores deste blogue hão de haver notado q o padrão aqui é:
vc > teu
ele > seu
pra não confundir. Mas à partir de hoje, tá decidido:
tu > teu
você > vosso
ele > seu
Isso pq, pô, se ‘você’ vem de ‘vossa mercê’, então foi uma burrice de conseqüências nefasta este país ter sido uma colônia em q se dizia:
• Vossa mercê deveria cuidar melhor de seus possessivos.
em lugar do perfeitamente lógico e coerente:
• Vossa mercê deveria cuidar melhor de vossos possessivo, em vez de ficar enchendo o saco sobre a concordância dos plural.
Esse problema é herdado já do espanhol, em q se dizia:
• Dígame vuestra merced, por cortesía, su nombre.
Só q, mais uma vez, o espanhol foi mais esperto: manteve o ‘usted’, o ‘tu’ e o ‘vosotros’ como três entidades separada. E quem acha q o português criou o ‘você’, nananinanão: já aparece ‘voacé’ no
Don Quijote, de 1605.
O artigo definido masculino ‘o’ tbm dá problema, em particular qdo é confundido com o pronome ‘o’. 99% dos falante semi-informado de português dirão q a palavra ‘o’ nas frase:
• Gostei do que ele disse.
• Não tenho o que dizer.
é um artigo, e aí põem o acento em ‘que’, mormente pronunciado ‘qui’. Mas ¿será q o ‘o’ é artigo? Não. Veja o espanhol:
• Me gustó lo que dijo.
• No sé qué decir.
E aí vem o camponês e pergunta:
• ¿O que disseste?
Isso se for um camponês norma culta, pois camponês normal pergunta:
• ¿O que foi que vc disse?
q o espanhol —sempre mais conciso— expressa:
• ¿Qué dijiste?
Mas, voltando ä fonética. Não foi picuinha dizer q o português é um espanhol nhenhenhém. A nasalisação dos som espanhol com M ou N tornou o português uma língua de fanhos. Inúmeras idéia nunca são expressada em português pq… pq… soam feio…
HAHAHAHAHAHA
• Vem em embalagem encerada. /vê nhenhêm balage nhên cerada/
• Quem não entretém em encantos, nem em enfeites seduz.
• Expressou-se bem em enfáticos ‘dãs’.
• Não ficaria contente com um undécimo lugar.
• Nasceu com um úmero torto q não se alivia com um ungüento qqer.
O espanhol lida muito mais eficientemente com essas junção de palavras:
• ‘en encantos’ se pronuncia /e nen cantos/
• ‘con un ungüento’ se pronuncia /co nu nun güento/
________
Esta exposição poderia continuar por páginas e páginas; poderia explorar os inúmero mal-entendido q a fanhosidade do português causa, as várias inconsistência no uso de ‘você’, o conflito entre “norma” “culta” e fluência, &c &c. Mas o texto já tá ficando chato.
Uma língua cuja lógica interna embole as definição e cuja estética fonética impeça inúmeras combinação de *idéias* não proverá um bom amparo cognitivo pra desenvolver o intelecto e o povo q a fala. (Aposto q ao ler a frase anterior, teu cérebro tropeçou no subjuntivo de ‘embolar’. Tsc tsc. Leia novamente.)
Talvez o melhor q possa acontecer ao brasilês será ele se distanciar cada vez mais do português. Vida longa à Marcos Bagno.