Mas qdo uma crença quer dar uma de lógica, de ciência ou de política, o doutor já começa à arreganhar os dente do gargalho.
Por influência dos evangélico euaense, recentemente virou moda falar dum tal de Argumento Cosmológico de Kalam (ACK), usado principalmente por um tal de William Lane Craig pra ãã "provar" pela lógica a veracidade do conceito de Deus. O argumento tá na forma dum silogismo seguido por um aparte do WLCraig:
1. Tudo q começa à existir tem uma causa pra sua existência.Olha, é difícil não rir da simploriedade do cara. Mas em respeito ao enorme esforço q ele fez pra chegar até aí, suspendamos o gargalho e passemos à apenas refutar usando ãã… a lógica.
2. O Universo começou à existir.
3. Logo, o Universo tem uma causa pra sua existência.
WLC: Essa causa só pode ser não-causada, eterna, imutável, atemporal e imaterial. Além disso, ela deve ser um agente pessoal q livremente escolhe ciar um efeito no Tempo. Portanto, seguindo o Argumento Cosmológico de Kalam, concluo q é racional crer q Deus existe.
Vamos usar só noções q tão pressuposta como premissas tácita tanto no ACK qto na mente de quem o defende. Não vamos entrar muito longe nas possibilidade conceitual q a Física inspira, até mesmo pq o ACK já se desmorona dentro do âmbito lógico q ele mesmo pressupõe; então nem é preciso sair desse âmbito.
Há várias refutação válida, fàcilmente localizável na internet. O Dr Plausível, como de costume, é um pouco mais picuinhento. Ele refuta palavra por palavra (não na ordem em q aparecem).
PALAVRA 1: 'EXISTIR'
A existência é notòriamente difícil de definir com precisão. Então, só demonstremos como o ACK-segundo-WLCraig utiliza três noção diferente de existência e as equivoca pra dar uma impressão de silogismo. Dentro do q se sabe hoje, o conceito de existência tem três noção semântica: 1.1 no nível sub-atômico, 1.2 no nível de objetos perceptível pelo humano, e 1.3 no nível do Universo. O ACK usa duas dessa, mais 1.4 uma noção espúria.
Pra entender as diferença entre os três nível, é interessante pensar na existência como oposto ä inexistência.
Comecemos pelo nível 2 –o nível imediato ao humano. Notem q um objeto comum, digamos, este copo na mesa, é composto de algo: átomos, plasmas, não importa; o q importa aqui é q a existência deste copo implica necessàriamente (neste Universo) na INexistência SIMULTÂNEA dum número (talvez) infinito de objetos composto com as mesmíssima parte (átomos ou sei-lá-o-quê) q compõem AGORA este copo. Essas parte já compuseram outros objeto, e comporão outros no futuro. Agora, formam um copo. A existência do copo como objeto presente foi causada sobre essas parte no passado de modo à criar o copo. Do mesmo modo, vc existe, e tua existência agora implica na inexistência simultânea de milhares de frangos e tomates q ajudaram à causar e compor tua existência até agora, e implica tbm na inexistência simultânea de outras pessoa ou num número infinito de outros objeto usando as mesma parte q compõem vc. Similarmente, a existência duma idéia no cérebro é uma configuração peculiar de sinapses q implica necessàriamente na inexistência simultânea de outras idéia usando as mesma sinapse.
A existência no nível sub-atômico (nível 1) é bem mais biruta, e nem precisa entrar muito nisso pois o ACK nem sequer se dá conta dele. Basta com dizer q no nível quântico algumas partícula podem tar em dois ou mais lugar ao mesmo tempo: ou seja, num dado momento, essas partícula simultâneamente existem e não existem num dado lugar; sua existência ou INexistência ali não advém duma causa, mas duma probabilidade.
Já a existência do Universo (nivel 3) é outro papo totalmente. A existência do Universo –tal como visto pelo ACK– não só (trivialmente) implica na inexistência simultânea de outros Universo feito com as mesmíssima parte dele, mas implica tbm na inexistência passada ou futura de qqer outro Universo com as mesma parte, exceto este. Si o Universo contém TODAS parte e TODOS evento possível, então ele não se TORNA outra coisa com o tempo; ele é SEMPRE o Universo. O conjunto de todas parte deste Universo SÓ PODE SER *ESTE* Universo. (Parece meio primário, em vista do q a Física dá margem à imaginar; mas lembremos q tamos usando as noção de Universo implícita em premissas tácita do ACK e na mente de quem o defende)
Agora voltem pro ACK e notem como aparecem as diferente noção de existência. Na primeira premissa, a noção é claramente a do nível 2. O ACK se baseia no q é auto-evidente, numa tautologia lógica, algo q se verifica por indução, pela experiência. Mas o q é auto-evidente pro humano só pode ser no nível 2. Qdo o ACK diz "Tudo q começa à existir", esse 'tudo' se refere à "todos objeto", à objetos auto-evidente, pra então poder chegar à uma conclusão não-auto-evidente (q é o objetivo dum silogismo).
MAS… na segunda premissa, aparece o Universo. Tal como vimos, a noção de existência do Universo, no nível 3, não é uma noção análoga ä noção no nível 2. Um copo existir, uma idéia existir, não SIGNIFICA a mesma coisa q o Universo existir. Só isso já invalida o ACK por completo como silogismo; ele NÃO É um silogismo pq o termo q aparece na segunda premissa (existir.3) não é o mesmo termo q aparece na primeira (existir.2).
Esse problema no ACK é um exemplo de como o silogismo, como ferramenta lógica, só funciona si for mantido no mesmo nível, e só funciona BEM no nível 2 –o nível do auto-evidente– e mesmo assim, contanto q haja rigor semântico.
Aí, aparece o tronho do WLCraig –um "filósofo" q usa rigor pra se vestir e enunciar palavras, mas o esquece na hora de raciocinar– introduzindo uma noção de existência 4 –q não é nem 1, nem 2, nem 3. Ele postula (do nada, ie, sem fazer parte do "silogismo" prévio), a "existência" dum X cuja INexistência implica até mesmo na IMpossibilidade de QUALQUER Universo existir. Essa quarta noção de existência (existir.4) não tem nenhuma propriedade semântica deduzível ou induzível à partir das três outra noção, e tampouco compartilha com elas qqer propriedade semântica. (Notem q a inexistência do copo NÃO implica na inexistência simultânea q qqer outro objeto com as mesma parte, e q a inexistência deste Universo tampouco implica na inexistência de qqer objeto agora contido nele, porém noutro Universo.) 'Existir.4' é só uma palavra q flutua no ar sem poder se atracar à nenhuma outra noção exceto à noções sobrenatural; e o caso especial 'Deus' TAMPOUCO se atraca à nenhuma outra palavra exceto 'existir' nesse quarto sentido.
'Deus' e 'existir.4' são duas noção q se alimentam mùtua e exclusivamente uma da outra.
O ACK já começa à mostrar a cara oculta: uma descomunal babaquice hipoplausibilética.
Próxima palavra: 'causa'.