Uma das pesquisa relatada no livro é dum certo Read Montague, publicada na revista Neuron como "Neural Correlates of Behavioral Preferences for Culturally Familiar Drinks". O cara foi lá checar por que cargas d'água mais gente prefere Coca do q Pepsi se as duas bebida são indistinguível. Vc dá pruns bebente um copo de Coca e outro de Pepsi… e eles não conseguem dizer qual é qual. Vc dá dois copos de Coca, com um deles marcado como Coca e o outro sem rótulo… e os bebente preferem a Coca do copo marcado. (?!?) Vc dá os mesmo dois copos de Coca, com um deles dizendo q é Pepsi e o outro sem rótulo… e os bebente têm dificuldade pra decidir qual dos dois eles preferem. Catso, tem algum efeito aí q não tem NADA à ver com a bebida em si.
Aí o Montague fez ressonância magnética nos bebente, dando-lhes Coca ou Pepsi, mas na verdade misturando as bebida. Qdo bebiam olhando pro logotipo da Pepsi, o cérebro reagia normalmente; mas qdo bebiam olhando pro da Coca, o cérebro se iluminava q nem queima de fogos.
A conclusão foi q, mormente em gente imbecil, uma mera logomarca pode alterar a percepção gustativa. Aiaiaiai. No primeiro teste, se vc pergunta por quê os bebente preferem o copo marcado como Coca, eles invariàvelmente respondem q o sabor é melhor, embora ambos copos tenham Coca, ou ambos Pepsi. ¿Não é de matar?
Mas nosso humanista é bem eclético: não só a leitura o entretém ao entregar o sorete. Ele tbm pensa na vida, nos paciente, &c –e chega äs vez à pensar em religião. (Não se veja aí qqer indireta sobre o valor de religião: garanto q, enquanto cagam, os crente pensam em Deus com muito mais freqüência do q o doutor –aliás, qto mais devoto o crente, tanto mais momentos de sua vida ele deve passar pensando em Deus, não? Nesse cusito, digo, nesse quesito, perto dos crente obstinado, estatìsticamente as reflexão sanitário-religiosa do doutor são uma titica.)
Na cabeça do doutor, os pensamento vão aparecendo um atrás do outro numa profusão q alguns chamariam de diarréica. Por exemplo: essa pesquisa foi feita por um cientista da Baylor College of Medicine; a Baylor fica em Houston; Houston fica no Texas; Texas lembra fanático cristão… e pimba: o doutor finalmente descobriu o qualoporquê do cristianismo ser uma religião incongruamente tão bem sucedida qto a Cocacola, ou mais. Siga o raciocínio doutoral.
Pq não pode ser pelas qualidade intrínseca do cristianismo, né? Mìsticamente, essa religião é, digamos, o primo pobre do judaísmo; os dez mandamento são uma cópia escrachada de trechos do Livro dos Morto, escrito pelos egípcio cinco séculos antes de Moisés; diz coisas q os filósofo grego já diziam 600 anos antes de Paulo de Tarso; muitas passagem do Novo Testamento parecem, francamente, precursoras idólatra e desconexa de revistas de fofoca, &c &c &c. Além disso, a grandecìssimérrima maioria dos q se dizem cristão de carteirinha conhecem apenas a superfície polida do dogma todo. Ou seja, a consistência interna do dogma (e ãã não é muita) não pode ser a razão do sucesso do cristianismo: ele tem q ter uma explicação mais plausível do q a q parte de seus ãã "ensinamento".
E sentado numa privada, o doutor descobriu: o cristianismo conseguiu esse ibope todo pq conta com o q é simplesmente a melhor e mais eficiente logomarca, o mais simples emblema de toda a história da humanidade: o crucifixo. Trocentos mil artista gráfico devem ter a maior inveja do crucifixo. É a coisa mais simples do mundo: vc amarra um pauzinho curtinho num pauzinho compridinho, finca a esculturinha em pé no chão e pimba: uma marca inconfundível, o crucifixo. Ao mesmo tempo em q estiliza a figura humana, colocá-lo em pé lhe dá um vigor, uma virilidade fàcilmente associável à uma simbologia de poder –e convenhamos, vai, a masculinidade de Cristo é um atributo quatrocentas vezes mais importante pro cristianismo do q sua divindade: fosse uma mulher "filha de Deus" dizendo aquelas coisa toda, derramando sangue pra salvar a humanidade, ninguém lhe daria atenção, diriam q tava menstruada, aquela doida pendurada num pau.
Depois q aquele povo desértico tropeçou na idéia de usar o crucifixo como logomarca, a coisa se alastrou como sangue em acidente. Vc tá lá no meio do deserto, tua mãe morre de pneumoconiose, vc enterra na areia, finca dois pauzinhos em cima do túmulo e tá pronta a mensagem: "aqui jaz um ser humano deitado de alma em pé". ¿Como é q um judeu faria isso, tadinho? Teria q pegar seis pauzinhos, entrelaçá-los num desenho complexo e… ¿pra dizer o quê? ¿"Aqui jaz um ser humano cuja alma transcende a perfeição do triângulo equilátero entrelaçado em sua própria imagem espelhada formando juntos a inter-imiscuída estrela-guia de nosso povo"? É muito prä cabeça, meu. Pra entender a estrela de Davi, vc tem q *pensar*, catso. Já o crucifixo, qqer patso semi-letrado com QI de ameba entende de prima. Compare:

E a logomarca dos muçulmano, então? Uma lua em quarto-crescente com uma estrela no meio. É muito confuso: ¿É um quarto-crescente, ou um quarto-minguante? E ¿quê tem a lua à ver com a alma? E ¿que catso tá fazendo uma estrela *dentro* da meia-lua? Isso sem falar de símbolos muçulmano tal como esse aqui, ó:

Pô, não há pauzinho q resolva.
E tem tbm a simbologia mística do taoismo:

pretendendo simbolizar *todas* as possibilidade do universo em combinações digital entre yin e yang, o pauzinho inteiro e o pauzinho cortado, formando 8 trigramas, 64 hexagramas, todas inter-relação entre o passivo e o ativo, entre o céu e a terra, entre o masculino e o feminino… êi, calma lá: tá ficando complexo; tem q prestar atenção, pô. Além disso, tem cheiro de pluralidade, e povão não quer isso, não; povão quer é culpar, discriminar, delimitar, se sentir yang o tempo todo.
Amarra dois pauzinho aí, e pronto.
E foi assim. Não deve ser coincidência q, num país novo-rico como os Euá, tenham dado tão certo o cinema, a Cocacola, o cristianismo e tantos outro produto vendido com a imagem de gente fingindo felicidade. Mas ¿quem é o Dr Plausível pra desmerecer os efeito das logomarca? Não há a menor dúvida de q o cinema, a Cocacola e o cristianismo realmente trazem momentos de alegria à seus consumidor –uma ressonância magnética provaria isso até ao mais cético pesquisador. Mas como diz o Alex Boese, referindo-se ä desavença entre amantes de refrigerante e seus crítico: são como duas espécie, só q uma tem mais cáries do q a outra.